quinta-feira, 30 de março de 2017

Grita ao mundo o teu silêncio



Grita ao mundo o teu silêncio


Cabeça de ‘poeta’ é feito o trânsito na Índia

É feito a ‘25 de março’ na época do natal

Cabeça de poeta tem mais barulho que a feira às 9

É feito o trânsito da marginal.

Mas não é assim todos os dias...

Tem dias que ela é rio doce, tem outros que é calmaria

Há momentos que somos florestas, ou também, cavernas vazias.

Tem horas que somos a noite, bem como, o começo do dia!

Muitas vezes amamos a solidão, mas às vezes, rogamos por companhia.

É bipolaridade, distúrbios de emoções...

Nesse emaranhado de incoerências, vivemos nossos turbilhões.

São projetos, vontades e sonhos... realidades e utopias, anseios, receios, desejos...

São esses ‘caras’ que gritam em nossas cabeças, às vezes saltando os olhos, assim, todos os dias!

Não tente compreender. E, nem sempre é preciso escutar...

Nem sempre... precisa parar pra ‘ler a gente!’ Ou mesmo nos ouvir falar!

Somente nos deixe sentir, parar para observar, deixa a gente refletir ou quem sabe, meditar! Pois o
que virá a seguir... ah, as palavras é que vão contar.

Às vezes, escrevemos a torto e a direito. E nem sempre queremos acertar. Pois é, isso é somente o silêncio gritando ao mundo, tudo o que não queremos falar!

Aos poetas, escritores e pensadores que em silêncio gritam ao mundo ‘insultos e ultrages’ à reputação do mundo.


Anderson Horizonte
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/5943997



Mulher




Mulher

O olhar distante e disperso é também interessante, confesso!
O modo de falar, de agir... o caminhar!
Tem mulher contida, tímida e atrevida.
Brava? Vish é o que mais tem (risos) mas junto de tudo isso, tem muito amor, coragem e inteligência, também!
Tem aquelas que saem todos os dias atrasadas, correndo... e nas ruas, nos onibus, carros ou calçadas, andam com a maquiagem fazendo!
Tem as que tem controle de tudo, estão sempre no seu tempo, deixam tudo organizado, dizem ‘’bagunça é para os homens e só corre quem está atrasado’’
Há mulheres de liderança, sérias, irredutíveis, mas estas mesmo sabem, que para os momentos certos, sorrisos e gargalhadas existem!
Tem mulher que veio para ser mãe e outras se fazem pelo caminho.
Há aquela que não nos cabe julgar,mas preferem seu cachorrinho!
Tem mãe, irmã, esposa, tia, namorada... independente de quem seja, elas merecem, todas, serem muito amadas!
Tem mulher que te abriga em teu sorriso. Mulher que te conquista, que te ganha, que te seduz.
Tem também as que te provocam, com o encanto de sua luz.
Tem mulher ciumenta, que defende, procura, inventa.
Tem as que gostam da noite, as que só querem curtir, umas que você não vê ao acordar, mas viu antes de ir dormir (bem típico de alguns homens)
Tem as que amam um cineminha, ou assistir série sozinha. Tem as que dormem em cima dos livros e as que os livros não saem de cima delas.
Tem mulher que prefere poema, tem mulher é ao estilo ‘Mandela”, politizada ou influente, derruba quem tiver na frente, quem se opor aos caprichos dela!
Tem também as que nos surpeende, gostando de futebol, sabem até mais que a gente sobre a regra do impedimento!
Tem mulher que ‘inova’ tanto que te pede em casamento!
Tem mulher já vivida, que com suas rugas, conserta outras rusgas, também!
Tem as que são bem novas, mas que já nos ensinam tão bem!
Algumas são somente uma dessas,
mas e o que dizer de nossas mães, que são a soma de todas elas... É que sorte que a gente tem!
Sorte do homem que teve, tem ou um dia terá ao seu lado, um pedaço de Deus que na terra fora deixado, para juntos crescermos, e tudo, até o impossivel (juntos) alcançarmos!
Mulher não é propriedade (de ninguém), e sim cumplicidade (isso para o bem... da humanidade, amém!)


Anderson Horizonte
 http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/5936853

terça-feira, 7 de março de 2017

O cântico dos guerreiros (Chapecoense)




 

O cântico dos guerreiros (Chapecoense)

“A covardia de um único homem, não lhes permitiram a última prece, o agradecer... Não puderam pensar em seus maiores bens que os esperavam de volta. Dadas as circunstâncias lhes tiraram a vida e a dádiva que temos de consultar nosso próprio oráculo, chamado de memória. Dadas as possibilidades, ainda lhes tiraram aquela última lembrança, talvez a do filho no colo, a do beijo da esposa, aquele lampejo de memória da prosa com o pai, ou cheiro carinhoso na mãe...”

...

De repente o mundo se ouviu cantando “vamos vamos, Chape! Vamos vamos, Chapeee!...” então, voaram para ganhar a América, mas no pouso ganharam o mundo, visto de outra dimensão, longe, muito longe da nossa compreensão. Aquele futebol de garra, fibra e entrega, deixa saudade, foram-se vidas, sorrisos, amores e amizades!

A mais triste das tragédias que sua geração acabou marcando. Uma vez ouvi dizer: “Ah, sim, Deus é brasileiro!” Pois te digo, não! Sei que Deus, hoje é colombiano! Pois não teríamos a decência e nem a honra que tiveram, pois nossos governantes corromperam os seus valores pelas cifras que quiseram. O homem que lidera essa nação exige as honrarias, prefere que se ajoelhem, a honrar as pobres famílias.

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A temporada estava no fim, bem diferente dos ânimos, que se exaltavam em alegrias. As paredes dos vestiários não suportavam as cantorias e assim as deixavam ir, e os cânticos dos guerreiros tomavam as ruas de Chapecó, e sem adversários que os parassem, fizeram seu canto ecoar pelo país, cantando numa voz só.

E se ainda te disserem que as paredes têm ouvidos, sim, concorde, pode crer. Pois, é graças a essa verdade que o mundo, entre a lágrima e a emoção, entoa o cântico dos guerreiros: “ vamos vamos, chape! Vamos vamos, Chapeee!...”

...

Já no pássaro de aço, em algumas fileiras, uns sorriam feito crianças, contagiando até os ‘sérios’ da liderança... Três fileira à frente, o fone era companhia, ao lado de outros que escolheram a prece pra Deus, um Santo ou Ave Maria. Se não me falhe a memória tinha alguém beijando a foto da filha, enquanto outro ao lado, beijava era toda a família. Se sentiam orgulhosos de onde haviam chegado, e não importa o que acontecesse, já eram os campeões antes mesmo de terem jogado.

A vitória vem da união, o gol não é feito com o pé, é chutado pelo coração. E... passe o tempo que passar, aconteça o que acontecer, a pele sempre vai arrepiar, o coração sempre vai disparar, quando a torcida, o cântico dos guerreiros cantar... “ vamos vamos, Chape! Vamos vamos, Chapeee!!!”

 

Aos meus


Fortuna