segunda-feira, 29 de maio de 2017

Homenagem para as Mães





Homenagem para as Mães
 

Frases de mães

- Engole esse choro, agoraaaaa.

- Se correr é piorrr.

- Quem-man-dou-vo-cê-fa-zer-isso-eu-não-te-fa-lei-pra-não-fa-zer? (apanhando pro sílabas kkk)

- Vai sair então poe blusa – mas, mãe, tá 40° lá fora – tá boquejando, mulequeee?!

- Se eu for aí você vai ver o que é bom pra tosse, ouviu!

- Ah, você vai contar pro seu pai que eu te bati, é, então conta com gosto, vem aqui, tomaaa!

- Vai já pro seu quarto e só sai de lá quando eu mandar, ouviuuu!

- Não vai jogar bola coisa nenhuma, você vai é pra igreja comigo, sim, senhor! Ouviuuuu!

- Porque você bateu na sua irmã? Tomaaaa mulequeee!

- Porque não defendeu sua irmã Tomaaaa mulequeee pra você aprender!

- Em casa você me paga, mulequeee. (nesse momento você parecia o burrinho do SHREK ‘a gente já chegou?!... e agora?!... já chegou?!’ – só que não perguntava por empolgação e sim por que sabia que QUANDO CHEGASSE EM CASA O BICHO IA PEGAR! KKKK)

(o que aprendemos sobre as queridas mamãezezesss até aqui? Simples! Objetivo das mães; fazer você APRENDERRRRR ou OUVIRRRRRRR kkkk)

Tipos de beliscão

Eu não sei a querida mãe de vocês, mas a minha tinha uma gama infinita de beliscão/puxão de orelha

Tinha o Fala fino por 3 dias’: é aquele beliscão que nossa querida mãe pega só a pontinha da unha e belisca só a pelinha do braço, ‘jesuisssssssss’ só de escrever já doeu kkkk. Então, é esse que você fica uns três dias fando fino. Kkk.

Tinha, também, o Marca de vácina’ : que era aquele que ‘mamãe’ apertava tanto, mas tanto o seu querido braço que depois você nunca sabia qual era a marca da vácina da tuberculose ou o beliscão. Kkk

Tinha um outro que era o ‘360°’: como funcionava, mamãe, vinha no veneno, no venenooo, era tanta raiva e furia naquele lindo coração que mamãe já vinha se inclinando e com o braço girado – sim, parecia meio que um exorcismo, mas você não iria falar isso pra mamãe, e nem perguntar porque mamãe estava vindo meio torta com os braços, já virados, né... pois você já sabia que aquela era a posição inicial do belicão 360° kkkk. Ela girava o pulso que você pensava assim; mentira que pulso de mãe gira 3 vezes mais que o nossoooo. Parecia  que era catracado, pensa num giro sem fim e numa dor que sinto até hojeeee. A técnica de defesa para este golpe –desumano – era tentar girar junto com ela, para diminuir as dores, inchaços, marcas e traumas kkkk. Mas sem deixar ela perceber, senão ela começava tudo de novo, desde a cena terrivel de vir na sua direção, já inclinada kkkk.

E o puxão de orelha, hein! Meuuu Deuss, pra que isso,quando minha mãe pegava minha orelha, parecia milho de pipoca estourando na panela, só que não, gente, isso infelizmente era a cartilágem da orelha, indo pro espaçooooo kkkk. Tinha uma epoca que eu até treinei pra dar uns saltos mortais pra frente, porque dai quando mamãe viesse com toda a fúria do mundo, no que ela começasse a torcer era só eu dar o mortal pra frente, junto, que iria anular o movimento dela, mais ela era sempre mais rápida e eficiente kkkk.

Meuuu, esses puxão e beliscão na orelha acabava tanto com a cartilágem e inchava tanto, que hoje quando tô vendo uma luta de UFC e o cara entra com aquelas orelhas toda estufadas, inchadas e vermelhas, eu já penso logo; ‘eitaaa esse aiii era dos meusss, óóh, devia aprontar um bocado, tá com a orelha inchada até hojeee! Kkk.

Perguntas pra Deus

- Por que chinelo de mãe faz curva, Senhor?

- Por que, se ela fala pra eu por a blusa, mesmo  estando em Teresina-Pi, ela ainda tem razão, Senhor?

- Por que ela me faz ir buscar a cinta, quando a OAB me diz que não sou obrigado a juntar provas contra minha pessoa, Senhor?

- Por que ela joga na minha cara diversas coisas com a frase mais usada no mundo “tá vendo aí, eu não falei, eu não te falei que isso ia acontecerrrrrrr?”

Fase do APANHA

- Se apanhar na escola, apanha em casa também!

- Se vier pra casa com piolho apanha!

- Se tirar nota vermelha, apanha!

- Se brigar... apanhaaa!

Fase do ESFREGO NA SUA CARA

- Se eu for aí e achar esfrego na sua cara, muleque!

- mãee não tô achando o ralador! – É bom achar, porque se eu for aí e encontrar, esfrego na sua cara!

Fase MISSÃO IMPOSSÍVEL

- Vai lá no mato e busca uma var pra eu te bater, agoraaa! – e aí de você se ela se quebrar na segunda lapada no seu courooo, mulequeee!

- busca a cinta no quarto! – Pra que mãe, pra senhora me bater, é? Eu não, se eu buscar vai ser pior! – ahh mulequeee desobediente, agora você vai ver o que é bom pra tosse, - Não mamãezinha, não mãe tá doendo, tá doendo, para mãeeee (detalhe, ela ainda só estava te puxando pelo braço, indo em direção à cinta kkkkkkk).

- Tira a mão da bundaaa, tiraaa, vai ser piorrrr. Tomaaa mulequeee! Kkkk ( nesse momento você apanha, porém, apanha, tipo girando junto com a mãe pra diminuir a pancada da chinelaaaa ou da cintaaa kkkk

- levanta, tá na hora de ir pra escola. – Hoje eu não vou, mãe, tô com muita dor de cabeça! – Que bom, é sinal que você tem cabeça, agora levanta dessa cama que eu não fiz uma pergunta, eu te dei uma ordem, andaaaa, e aí de você se eu voltar aqui e te encontrar na cama, taco ela em você, mulequeee!

Fase VAI BUSCAR

- Filho vai buscar pão – trouxe o pão? Agora busca queijo pra mãe... - nossa foi rápido, busca um pacote de feijão e fala pro seu Zé que dia 5 eu passo lá pra acertar! – porque tá com essa cara, não foi ainda porque? Você quer que eu vá aí e esfregue esse recado (falafo) na sua caraaa, mulequeee! Kkk.

Fase PARECE VANTAGEM

É aquela fase que nossa mãe falava as palavras magicas ‘filhooo, vai buscar salcinha no mercadinho e PODE FICAR COM O TROCO’

Meuuuuu, você ia a milhãooooo, pegava sua bike sem freio, ia só de short e chinelo remendado com prego, nas curvas o bicho chega soltava faisca, (ohhhh chega ‘arrupiaa’). Você ia zuncandooo na bike ‘ vrummmm curva pra esquerda - o troco é meu, o troco é meu, o torco é meu, vrummmm virava pra direita – ela falou que o troco é meuuu... você só tirava a mão do guidon pra dar aquela limpada basica no nariz né, sabe como é, né – muleque, bike, vento, sem camisa... – meu, o nariz ia do ombro até a mão, aquela limpada fervorosa – o troco é meu, o troco é meu...-  você não via ninguém na sua frente!

E quando você chegava no mercadinho, já largando a bike no chão, todo ofegante, falava pro seu Zé:

- minha... mãe...fa... lou que o tro..co é meu!

- tá, muleque, mas o que sua mãe quer?

- (respira fundo) ah é, ela quer salsinha, seu Zé... é que eu tô feliz que o troco é meu – tá, tá, você já falou isso!

Dai, quando pensa que não, lá vem seu Zé, segurando a salsinha e o sorriso (sem vergonha) devido a fortuna do muleque

- Toma aqui a salsinha – e segurando o riso – e toma aqui seu troco. Nesse momento, seu Zé, já não se continha e gargalhou ao entragar o troco (15 centavosssss, simmmmm, sobrarammm 15 centavosss).

- Poxa seu Zé, é só isso mesmo (segurava o choro, mas já com lágrimas nos olhos, o muleque)

Meuuuu, nesse momento parece que os papeis se invertem, parece que você vira a mãe, meuuu, você já vai projetando no caminho a ‘treta ‘ com a senhora, sua mãe – bem, isso é o que vocêr pensa né kkk –

- ahh pois ela vai ver, eu tô na minha razão, ela vai ter que ouvir umass, 15 centavos? 15 centavos? Só eu sei os riscos que passei fritando nessas curvas com minha havaiana com prego na sóla, e se o prego ‘inganchaa’, ah monha mãe vai ver... ahh, a trilha do momento pro muleque é 2PAC (na imaginação)

- mãeeeeeeh – grita o muleque já chorando, desesperado (realidade) e com a salsinha toda amaçadaaa – porque que a senhora não me falou que só ia sobrar 15 centavos, heinnnn . Então em uma ato sem pensar, já cavando sua cova, (mas ainda se achando nas nuvem – sem saber que é pra lá que você vai kkk -) você joga as duas moedinhas no chãoooo, ‘PLIM, PLIMM’...

Trilha do momento pro muleque – que ia das nuvens ao desespero :

I believe I can fly
I believe I can touch the sky
I think about it every night and day
Spread my wings and fly away
I believe I can soar
I see me running through that open door
I believe I can fly

Nesse momento, nesse momentoooo, até Deus para o que tá fazendo no céu pra ver a próxima cena, então sua linda e meiga mãe, vira-se pra você, muleque franzino, catarrento e louco, (pode ser uma menina também, pois tem varias que se encaixam nesse perfil de criança doida que ‘desafia a morte’ kk). Quando sua linda mãe te encara nos olhos, você só pensa em uma coisa: “Deus, eu sei que o Senhor está vendo isso... o Senhor, sabe que ela vai me matarrrr, nééé”. Sua mãe passa a ter habilidades ninjas,  vai te tacar tudo que tiver próximo a ela - faca, tesoura, copos, jarros, tudo é válido par uma mãe afrontada, tudoooo Kkkk -. Terá a força de um leão – muito provavelmente, demonstrando-a, fazendo de você um aspirador de pó, para engolir as moedas, e nesse momento é ela quem irá cantar “ I believe I can fly” e ao final da trilha, te jogará no seu quarto – e só sai daí quando eu mandarrrr, mulequeeee!

Mas vou falar uma coisa pra você, como era bom nééé, como, de verdade era bom, néé. É claro que esse texto está repleto de eufemismo, exageros e tal, mas é essa educação que a molda carater, que faz para a sociedade, bons homens e mulheres.

Agradeçamos nossas lindas e amadas mamães por tudo que fizeram (e, ou) ainda fazem por nós!

Feliz dia das mãesssss!

Vou fazer uma comédia escrita do dia dos pais, mas confesso que não consigo pensar em nada diferente de:

- Já pediu pra sua mãe?...

- Tá, se sua mãe falou que sim...                                 Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O dia que busquei a pequena Giovanna na escolinha pela primeira vez





Eu iria pra academia... mas preferi ir buscar a pequena Giovanna na escolinha.

19 de abril de 2017

Cheguei mais cedo do trabalho, o que significava que antes de ir a consulta médica agendada e mais um compromisso que tinha, daria para ir ‘treinar’ mais cedo, academia mais vazia... tranquilo... Mas imediatamente, soube o que eu deveria fazer com aquela hora que eu nunca tive – estar em casa as 16h -, eu iria me preparar para buscar minha borboletinha (Giovanna, 2 anos e 10 mêses) que estava na escolinha pouco mais de dois meses, sem que eu pudesse levá-la ou buscá-la, devido o horário do meu emprego.

- bom, vamos lá, o que vestir? Estou falando da minha filha, tenho um encontro com ela hoje! Já sei, levarei pra ela uma rosa!!! Decidi!

Então, entrei no carro e dirigi até a floricultura, onde comprei uma rosa – vermelha com uns arranjos, coisa simples -,

- pois bem, vou usar esse jeans que comprei recentemente, com essa camisa nova, acho que vai ficar bem com o tênis preto... é, acho que vai gostar. Conclui.

Decidido, aparei a barba, e após o banho me perfumei.

- acho que vou chegar e falar... Não, é melhor eu chegar e... também não! Sim, eu estava nervoso, como, quando conheci a mãe dela! Isso tem nome, como é mesmo? Ah me lembrei, se chama AMOR!!!

Busquei minha esposa no trabalho e quando ela entrou no carro já fui logo falando:

- hoje a rosa não é pra você não, hein, nem se assanhe (risos), hoje ela será dada à minha filha, tenho um encontro com ela (risos). – será se ela vai gostar da rosa?

- hummm, ela não gosta muito de flores! Lembrou minha digníssima.

- parece alguém, sabe... que, quando dou flores, insiste no argumento: “flor não é coisa de comer” (risos). Brincamos, um com o outro ainda no carro!

......

A escolinha municipal é bem simples (nãooo digaaa!!! Risos), mas não vou negar que é bem ambientada, própria e adequada para o ensino (muito em função do amor dos Docentes, é claro). Um local cheio de cartazes das crianças, brinquedos, cores, tem aqueles bancos (assentos) que são de ‘lápis de cor’, sabe? Bem legal! Subi para o primeiro andar, perguntando para a minha esposa qual era a sala da minha princesa... Pra aumentar meu nervosismo, era quase no final do corredor – que pra mim, parecia não ter fim.

Cheguei na sala. Avistei primeiro a professora, sentada, junto à mesinha, com minha borboletinha. Ahhh ela estava tão linda de uniforme – tênis rosa, que cabe, ainda, na palma da minha mão. Jaqueta e calça de tactel, acho que ela estava desenhando (espero que não seja um desenho da mamãe, porque, sem querer, querendo, ensinei ela a desenhar a mamãe de um jeito ‘diferente’ e geralmente sai ‘meio estranho’ sabe... não sei explicar (risos) mas é tudo feito com muitooo amor (risos)... enfim, acho que ela estava realmente desenhando, mas eu não consegui gravar isso em minha memória, afinal eu estava muito ocupado, me perdendo naquele lindo rostinho inocente!

 Ela me sorriu! Acho que pensou “papai,você não foi pro trabalho, eu acho que me lembro do ‘senhor’ ter feito minha mamadeira e de costume, ter pedido minha mão para o ‘senhor’ dar o beijinho nela, aquele que o ‘senhor’, dá, e logo em seguida diz que está indo trabalhar e que nos veremos à noite!” tímida, já sabia o que fazer, foi em direção ao armário e pegou sua mochila de rodinha, veio até a porta, - enquanto a professora perguntava o que eu era da Giovanna, conferindo o cartão de liberação da criança  -. Ahh, foi muito lindo ver minha filinha seguir o protocolo, confesso.

Quando ela chegou na porta da sala, entreguei a rosa que comprei:

- olha o que o papai te trouxe, filha, uma flor. Disse, todo sorridente!

Ela, indecisa e contida, sorriu, flertando com a tímidez. Peguei sua mão e a coloquei em meu colo, como sempre, a beijei com a maxima do amor paterno. Ela, já desprendida do acanhamento, me devolveu o abraço apertado (como, quando brincamos, simulando que ela me abraça tão forte que chegamos a cair toda vez no chão de casa). Me perguntou:

- que isso, papai, é uma ‘fô’ (flor), é ‘pá mim’ essa ‘fô’?

- sim, filha, é que você tem uma papai que te ama muito e é muito babão, você sabe né (risos). Denunciou, minha esposa, enquanto registrava nosso momento com fotos!

- papai, minha motoca tá lá embaixo. Lembrou a pequena Giovanna, que havia ido pra escolinha de motoca com a mamãe, já que papai tinha usado o carro pra chegar mais cedo naquele dia.

Assim, seguimos para o terreo, em uma mão a mochila de rodinha, que não tocava o chão devido minha altura (risos) e na outra mão a pequena Giovanna, minha princesa – uma flor carregando uma rosa -. E ao meu lado, a mamãe da Giovanninha me vendia o amor em seus olhos, parecia se orgulhar de sua família – era exatamente isso que eu via em seus olhos brilhantes!

Pegamos a motoca e descemos as rampas de acesso do jeito que a Giovannainha gosta:

- “faz o turbo papai”

- ah, então você quer ‘Velozes e furiosos’, né?

- ‘é muito ‘ligal’, meu pai é doidoo.’ –falava a princesa, ao fim das duas rampas.

Bom, esse dia foi ambíguo, para mim. Ele poderia ser um dia normal, só que eu escolhi passar por ele de uma maneira diferente, especial, essa é a palavra, pois eu sei que a vida pode, de alguma maneria me preivar disso, então eu decidi, que quando for olhar para trás, eu direi assim: “eu não só fui um pai, mas eu escolhi viver a figura de um pai com plenitude, e dessa forma eu passei a... viver!

Se eu poderia resumir esse texto, sim, poderia! Ficaria mais ou menos assim: “hoje saio mais cedo do trabalho e busco minha filha! Ponto e pronto.” Mas não! A vida me permitiu que eu fosse buscá-la, hoje, mas talvez, o universo, de alguma maneira, me impossíbilite disso, amanhã! Talvez eu não a tenha, ou ela, a mim! Sim, infelizmente, a vida tem dessas coisas, a chamamos de ‘encontros e despedidas’.

Por essa razão observei tudo, vi as cores, senti os aromas, em alguns momentos parei o tempo, e em outros, o tempo foi quem me atropelou, nesse episódio único em minha vida, é claro que pode e irão haver outros, mas o olhar dela, sua timidez, o cheirinho grudado nela aquele dia... tudo, tudo será diferente, mesmo que pra melhor, mas nunca será... igual!

O legado que deixo com essa história? Poetise mais, viva os detalhes de quem você ama, não precisar ser um filho, pode ser quem você quer que seja, mas viva as particulariades. Somos consumidos diariamente por uma enxurrada de picuinhas, entretenimento barato, consumismo, entre tantas outras coisas que nos roubam vida, folego de vida.

Tão certo feito a morte, é o fato de que o tempo perdido não voltará, por isso, entre tantas razões, certezas e dúvidas, escolha viver os detalhes da vida, e tenha a certeza de que lá na frente, num futuro mesmo que incerto, valerá e muito, cada lembrança, cada lampejo de memória que tivermos, sobre como vivemos, pois  o que vivemos define quem somos e talvez, quem pra sempre seremos!